50 anos da Equipa Porto 42
SENHOR nós te damos GRAÇAS.
Vão 50 anos corridos e a acumulação dessas GRAÇAS, na e por intermédio da nossa Porto 42, é-nos cada dia mais visível, mais palpável.
Como se a VIDA, afinal, estivesse sempre presente, mesmo nos muitos momentos a que chamamos de morte.
Nascera não há muito o Movimento no Porto. Alguns dos casais que, sem outra razão que o espírito de serviço, se tinham reunido pastoralmente para encaminharem para o casamento um grupo variado de jovens no 1.º CPM da Paróquia do Santíssimo Sacramento, finda a faina, sentiram o vazio de não continuarem a reunir-se…
Descobriram, então, as ENS através do casal Mizete e Rui Cunha, que se prontificaram a “continuar” connosco noutra senda, a que curiosamente chamavam de “pilotagem”.
Foi assim há 50 anos e o desafio foi aceite, por desejado, por alguns dos casais vindos daquele CPM acrescidos de poucos outros.
SENHOR nós te damos GRAÇAS pela descoberta ousada em que nos lançaste e, através dela, pela penetração cada dia mais séria nesse Mistério a que chamamos de COMUNHÃO DOS SANTOS.
Que isso de SANTOS não é só para mortos nem só para imagens de altar! Mas quanto custa, continua a custar, a chegar a essa conclusão firme, para passar a afirmada e vivida, à medida que os já treze elementos passaram a viver junto de TI, SENHOR. E nós, ainda aqui, aprendíamos, aprendemos, como que a entretecer mãos dadas com aqueloutros.
Cada “passagem”, cada memória, cada percurso temporal, tornado mais significativo e até cheio da psicologia de quem vai faltando à presença física e de quem permanece, para criar uma mais intensa COMUNHÃO DE SANTOS.
Sim, os SANTOS de lá e os SANTOS de cá, estes ainda inseguros do insondável Mistério da “passagem”, ainda carecidos da virtude, ansiosamente presente, da ESPERANÇA, já que a da FÉ é presença orientadora, aqui e depois, e a da CARIDADE é o contínuo dos dois “estados” e nunca mais termina, como nos lembra S. Paulo.
Feita alguma revisão e procurada de maneira mais palpável a COMUNHÃO com os SANTOS que connosco viveram no trajecto das suas vidas e connosco, vemos agora como em espelho, como também lembrava S. Paulo, cada um dos que estiveram connosco nesta caminhada.
Estes e os que, renascendo, vão renovando e mantendo actual a Equipa, e permanecem com os sucessivos Conselheiros Espirituais, Padre Américo Vilar, Padre Aires, Padre Henrique Januário, Padre António Augusto Azevedo, até ao casal mais recente que todos os meses vem de Lisboa à reunião de Equipa e nos recebe na capital uma vez por ano.
Como dantes rezávamos, rezamos, a partir de certa altura em duas reuniões mensais, mas também partilhávamos e partilhamos, púnhamos em comum e pomos em comum, estudávamos e estudamos, numa verdadeira COMUNHÃO DOS SANTOS, em que cada maneira de ser, mais uma vez conjugação de psicologias tão diferentes, se reflecte, a ponto de ser confidenciado por uma das nossas viúvas que hoje talvez reze e ponha em comum com ele mais do que dantes!
No fundo este SACRAMENTO, ainda tão pouco conhecido, do Matrimónio, com que nos abençoaste desde o nosso “sim”!
As gerações seguintes, essas, fruem, mesmo quando julgam que não, daquela COMUNHÃO.
NÓS TE DAMOS GRAÇAS SENHOR!
Porto 42